"O homem nada mais é do que aquilo que a educação fez dele". Emmanuel Kant

segunda-feira, 28 de março de 2011

Inscrições do Universidade para Todos seguem abertas até o dia 6 de abril

Até o dia 6 de abril, acontecem as inscrições para a etapa 2011 do Projeto Universidade para Todos. O procedimento será realizado exclusivamente no portal http://www.educacao.estudantes.ba.gov.br/node/2209, que também disponibiliza o edital com todas as informações necessárias. A iniciativa, que tem o objetivo de ampliar o acesso de estudantes da rede estadual ao ensino superior, aumentou, para este ano, o número de vagas em 44% e vai beneficiar mais de 35 mil alunos de 146 municípios do Estado, entre egressos do ensino médio e concluintes do 3º ano do ensino médio.
O projeto acontece dentro das unidades escolares estaduais da Bahia, o que estimula a participação e a continuidade dos estudos. Para concorrer a uma vaga, o estudante deve estar regularmente matriculado no 3º ano do ensino médio, ter cursado a 5ª série do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio seriado em escola pública municipal ou estadual no Estado da Bahia. No caso de egressos da rede pública de ensino, terá que ter cursado da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio seriado ou modalidades correspondentes na Bahia.
 O Universidade para Todos é coordenado pela Secretaria da Educação do Estado e executado em parceria com as quatro universidades estaduais – Uesc, Uefs, Uesb e Uneb – e com a Universidade Fedaral do Recôncavo (UFRB).
 O candidato poderá esclarecer as dúvidas referentes à sua inscrição por meio do telefone 0800 285 8000, que funcionará de segunda a sexta-feira, das 08:30h às 12:00h e das 13:30h às 18:00h ou pelo e-mail upt@educacao.ba.gov.br.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Unesco abre inscrições de concurso para estudantes do ensino médio

A Unesco inscreve estudantes do ensino médio das escolas públicas e privadas do Brasil para o Concurso de Trabalhos Escritos e Desenhos pelo Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento, comemorado em 10 de novembro. Podem participar estudantes do ensino médio regular, do ensino médio integrado à educação profissional e do ensino médio especial.
As obras devem ser enviadas junto com a ficha de inscrição para o e-mail cienciaparatodos@unesco.org.br ou para o endereço da Unesco: Setor de Ciências Naturais da Unesco, SAUS Quadra 5, Bloco H, Lote 6, Ed. UNESCO/IBICT/CNPq, Sala do Protocolo nº 1004, CEP 70070-912, Brasília/DF. O prazo para envio vai até 5 de setembro.
O tema deste ano é “Química: nossa vida nosso futuro” e os autores dos dez melhores desenhos e trabalhos escritos serão premiados com a publicação do trabalho em livro, uma coleção de publicações na área de ciências e certificado do concurso. O estudante que conquistar o primeiro lugar de cada categoria, além desses prêmios também ganhará uma visita a instituições de ensino e pesquisa em território nacional. 
Critérios de seleção - Os trabalhos escritos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: originalidade, criatividade, inovação, coerência com o tema do concurso, lógica de argumentação, domínio do conteúdo, construção textual e apresentação. Já a avaliação dos desenhos levará em consideração a originalidade, criatividade, impacto visual, coerência com o tema, qualidade e apresentação.
É permitida aos estudantes a inscrição nas duas categorias, com um trabalho em cada uma. A inscrição é individual e deve ter a orientação de um professor da escola onde o candidato estuda.
 Consulte o regulamento completo no site do concurso

domingo, 20 de março de 2011

SEPPIR concede o “Selo Educação para a Igualdade Racial” ao IAT/SEC por ações entre 2007 e 2010

A SEPPIR acaba de premiar pelo trabalho desempenhado entre 2007 e 2010 o centro de aperfeiçoamento dos profissionais da Educação, Instituto Anísio Teixeira, vinculado à Secretaria da Educação da Bahia (IAT/SEC), com o Selo Educação para a Igualdade Racial.
 No período citado -portanto, premiado!- o IAT criou o setor Grupo de Projetos Especiais (GPE) para desenvolver, entre outras coisas, um Programa de Formação Continuada de Professores para a Educação das Relações Étnicorraciais, ou seja, para a implementação das Leis 10.639/03 (que originou as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino da História da África e Cultura Afrobrasileira) e 11.645/08 (que obriga o ensino da História da África e dos Povos Indígenas, das Culturas Afrobrasileira e Ameríndias). Este setor foi o responsável entre 2007 e 2010 por ações formativas como pesquisas, eventos e cursos planejados e realizados com o fim de promover uma Educação antirracista, que afirmasse as diferenças e estimulasse uma cultura de paz.
Muito do que foi planejado não foi materializado por diversos empecilhos que iam desde o contigenciamento de recursos até ao racismo institucional da Secretaria de Educação do estado mais negro do país, que resultara em condições muito precárias de trabalho. Porém, em nenhum momento nos faltou garra, confiança, disposição, determinação, objetividade e sobretudo SONHOS para colocarmos em prática o que lutamos por tantos séculos para conseguir!
 Para uma educadora militante como eu, coordenar o GPE/IAT na gestão anterior e ver que todo o trabalho realizado ali tornou-se referência nacional hoje é  uma grande honra e uma felicidade incomensuráveis!Faltam-me palavras para expressar a alegria de ver um esforço tão grande ser reconhecido em nível nacional!
Ao sair do IAT para assumir a função de professora do Instituto Federal Baiano, em maio de 2010, o setor passou a ser coordenado por Vera Rocha e em seguida, por Liane Amorim. Ambas trouxeram para o espaço ainda mais energia, coragem, persistência e inteligência. O brilhantismo com o qual driblaram os desafios da burocracia e das disputas políticas típicas de governo fez com que a formação para a Educação das Relações Étnicorraciais continuasse com o mesmo vigor e se mantivesse como prioridade naquela gestão do IAT/SEC. De cá de fora, só tenho a admirar a destreza e competência destas educadoras, mulheres e militantes.
 Mas todo o trabalho não se fez possível sozinho. Para que experiências de cursos como o África Contemporânea: Práticas e Saberes; Africanidades e Educação; Educação em Ciência, Tecnologia e Relações Raciais, entre outros, além de eventos como a videoconferência de Angela Davis ou os Colóquios Milton Santos dentre tantas atividades de igual significado e importância acontecessem, precisou-se do empenho e dedicação pessoal da direção do IAT (na época, o professor Penildon Silva Filho) e da colaboração de todos os servidores daquele órgão, especialmente daqueles lotados no GPE, submetidos à pífios salários, mas alimentados diariamente dos desejos de transformação social. Sem o comprometimento destes agentes nenhuma das ações teria sido possível!
Mas este momento de vitória deve ser festejado e saboreado por cada um que integrou ações do Programa de Formação Continuada de Professores para a Educação das Relações Étnicorraciais do IAT/SEC entre 2007 e 2010, a saber:
os servidores e dirigentes do Estado que colaboraram com a execução dos projetos;
os quase 300 formadores: docentes (especialistas, mestres e doutores oriundos de movimentos sociais negros e de núcleos de pesquisa das universidades baianas, de outros estados e até países);
 os parceiros: cerca de180 prefeituras municipais que firmaram convênio para a formação de seus educadores e os diversos movimentos sociais que integraram as atividades;
e finalmente os quase 4 mil cursistas (docentes e professores da rede pública da Bahia) que oportunizaram a troca de saberes, realimentando e redirecionando nossas práticas políticas e pedagógicas. São eles, os professores da escola pública, esquecidos e marginalizados, que ajudam a construir diariamente um Brasil livre de desigualdade, discriminação e preconceito a partir das milhares de salas de aula esquecidas nos rincões desse estado.
  Ironia – A grande ironia é que a nova diretora do IAT pronuncia em público seu desdém para com as causas “premiadas” acima. Em seu discurso oficial de abertura da assembléia do Conselho Estadual de Juventude, em fevereiro de 2011, a nova diretora geral do IAT/SEC, prof. Irene Carzola, ratificou sem o menor constrangimento, o pensamento racista das elites brancas e conservadoras desse país. Ela se autodeclarou ser terminantemente contra a reserva de vagas para negros e índios no ensino superior e atribuiu às cotas sinônimos como “humilhação”, “esmola para negros” ou “entrada na universidade pela porta dos fundos, de cabeça baixa”.
Ironicamente quem vai receber o prêmio SELO EDUCAÇÃO PARA A IGUALDADE  RACIAL na cerimônia em Brasília, no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, 21 de março, será ela e seu dileto correligionário, o secretário da Educação da Bahia, prof. Osvaldo Barreto que diz não se afinar com estas políticas afirmativas na Educação.
  Veja outras experiências premiadas pela SEPPIR:
http://www.seppir.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2011/03/seppir-lanca-campanha-do-ano-internacional-dos-afrodescendentes-e-celebra-oito-anos-de-criacao-do-orgao
 
À todos um grande abraço! E “deixa a gira girar!...”

quinta-feira, 3 de março de 2011

Fardamento escolar traz o Brasão do Estado da Bahia


Até o final do mês de março, os alunos das escolas da rede estadual estarão com seus fardamentos e mochila novos. As duas camisas que compõem o Kit Básico do Estudante trazem impresso o Brasão de Armas do Estado da Bahia, representando as figuras do trabalho e da República, de mãos enlaçadas sobre um escudo impresso com os elementos constitutivos. Da proa de uma embarcação, um marinheiro está apontando para a terra próxima, numa alusão ao descobrimento do Brasil.
A estrela simboliza o Estado da Bahia como timbre. Já o escudo em azul, com uma embarcação de vela, levantada e içada a bandeira da República, traz a imagem de um marinheiro acenando com um lenço branco e, ao fundo, se vê o Monte Pascoal, lugar do primeiro registro visual de terra pela esquadra de Pedro Álvares Cabral.
Com o lema "Per Ardua Surgo", que significa "Pela dificuldade venço", a marca reúne dois tenentes. O primeiro Tenente é um homem seminu, com bigorna, personificando a indústria. O segundo Tenente, uma mulher, chapéu frígio, com uma bandeira da Bahia que é personificação da República. Por cima do timbre, encontra-se a inscrição "Estado da Bahia". E, ao pé do Brasão, por baixo do listel, a palavra "Brasil".
O investimento da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, que custou cerca de R$ 19,2 milhões, visa garantir que todos os alunos tenham condições de ir à escola, já que o fardamento é um item obrigatório para o acesso deles às unidades de ensino da rede. A medida tem o objetivo, ainda, de fortalecer o sentimento de pertencimento à rede pública.